Qual o papel da tireoide no nosso organismo?

Tireoide

Qual o papel da tireoide no nosso organismo?

Já ouviu falar: “será que tem algo de errado com minha tireoide?”. Algumas mudanças como ganho (ou perda) de peso abrupto, fadiga, agitação, são exemplos de sintomas associados às alterações na tireoide. Mas porque isso acontece? Realmente é a tireoide o problema? Confira neste texto.

Afinal o que é e para que serve a tireoide?

Todos nós nascemos com a tireoide, ela é uma glândula do sistema endócrino, se localiza no seu pescoço, bem abaixo do “gogó” e possui o formato de parecido com o de uma borboleta.

A glândula tireoide regula e ajuda a manter funcionando outros órgãos no nosso corpo, como por exemplo, os rins, coração, cérebro e fígado. A glândula faz isso a partir dos hormônios que ela produz e secreta no corpo, eles são o T3 (tri-iodotironina) e T4 (tiroxina).

Quando algo está errado com a nossa tireoide, pode ocorrer a liberação em excesso de hormônios e isso acarretar o hipertireoidismo, ou diminuir a produção deles, o que levaria a um quadro de hipotireoidismo. Esses são alguns exemplos, vamos entender melhor os principais problemas relacionados à tireoide.

Os principais problemas de tireoide

Hipotireoidismo: a glândula produz menos hormônio do que é necessário para o nosso corpo, o que pode ser a causa de diversos distúrbios como falta de memória, cansaço excessivo, e até mesmo depressão. Devido aos sintomas de hipotireodismo serem tão variados e inespecíficos, a melhor maneira de se ter um diagnóstico com clareza é através de um exame de sangue.

Hipertireoidismo: essa condição ocorre quando a glândula está hiperativa, ou seja, está produzindo mais hormônio do que o corpo precisa e a sua quantidade no sangue está elevada. Devido ao seu papel no ritmo dos processos do corpo, o aumento dos níveis hormonais pode acelerar o metabolismo. Por isso muitos dos sintomas estão ligados a uma agitação do corpo, como: nervosismo, irritabilidade, aumento de sudorese, tremores, entre outros.

Tireoidites: É um termo geral que se refere à inflamação da glândula tireoide. Essas inflamações podem acarretar outras consequências, como o aumento ou diminuição dos hormônios produzidos pela tireoide. Existem diversos tipos de tireoidites, dentre elas: tireoidite de Hashimoto, tireoidite linfocítica, tireoidite pós-parto, tireoidite sub-aguda ou aguda.

Nódulos de tireoide: nódulos são comuns. De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) até 60% dos brasileiros irão encontrar um nódulo em algum momento da vida. A grande maioria deles são benignos (até 90% os casos), porém devido a taxa de malignidade ser entre 10-15%, é importante a avaliação médica caso um nódulo seja identificado.

Como descobrir que algo está errado com minha tireoide?

Caso você identifique algum sintoma, o primeiro passo é consultar um médico, ele saberá a
melhor maneira de conduzir o caso.

Normalmente, para verificar o funcionamento da tireoide, os médicos solicitam exames de
sangue que medem os hormônios T3 e T4. A partir disso, ele pode dar o diagnóstico de
hipotireidismo, hipertireoidismo e tireoidites, por exemplo.

Em casos de nódulos suspeitos ao ultrassom, o médico pode solicitar uma PAAF (punção
aspirativa de agulha fina), que irá classificar o nódulo dentro do sistema de Bethesda
(Bethesda System for Reporting Thyroid Cytopathology⁴ ):

Bethesda I – Amostra não diagnóstica;
Bethesda II – Benigno;
Bethesda III – Indeterminado (Atipias de significado indeterminado / lesão folicular de
significado indeterminado);
Bethesda IV – Indeterminado (Suspeito de neoplasia folicular);
Bethesda V – Suspeito de malignidade;
Bethesda VI – Maligno.

Dependendo do resultado da punção, testes moleculares podem ser utilizados para avaliar
as características dos nódulos indeterminados (Bethesda III ou IV), reclassificando-os em
potencialmente benigno ou maligno.

O mir-THYpe full, vêm sendo indicado em situações como esta. Ele consegue investigar as
características moleculares do nódulo utilizando a mesma lâmina de PAAF já coletada.
Depois de realizado, o teste serve de suporte no diagnóstico para o médico, podendo evitar
uma cirurgia para casos em que o resultado seja negativo, ou seja, o nódulo é
potencialmente benigno.

Já para casos cirúrgicos de nódulos de tireoide (Bethesda V ou VI), é indicado o teste
molecular mir-THYpe pre-op. Seu objetivo é investigar características que indicam
agressividade, urgência e a extensão da cirurgia daquele nódulo. Dando melhor suporte ao
médico antes de realizar a cirurgia necessária.

Você conhecia essa glândula tão essencial ao nosso corpo?

Conteúdo escrito pela equipe da Onkos, parceira da ACBG Brasil.

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