Cânceres

Esclarecimentos Gerais:

Topografias são os locais do corpo onde o tumor começou. Por exemplo: boca, tireóide ou laringe.

O termo popular garganta normalmente se refere tanto a orofaringe, laringe ou hipofaringe. Portanto, o termo câncer de garganta, não é suficiente para sabermos a origem exata do tumor.

Em algumas ocasiões, pode ser difícil saber de onde o tumor se originou. As situações mais comuns de se confundir são:

boca/orofaringe

laringe/hipofaringe

laringe/orofaringe

Quais são os sinais e sintomas?

Estes tumores pode demorar para dar sintomas e muitas vezes são diagnosticados em estágios avançados.

As queixas e sinais mais comuns dos pacientes com este tipo de tumor são:

dor persistente na região da face

obstrução nasal persistente

sangramento nasal

alterações oculares (movimentação ocular ou visão)

ferida persistente no céu da boca

Como é feito o diagnóstico e a investigação (quais os exames mais pedidos)?

Anátomo patológico (biópsia)

Somente é possível dar o diagnóstico de um câncer desta região após uma biópsia da lesão suspeita. Esta biópsia pode ser feita em consultório, mas devido ao incômodo de examinar e acessar esta região, pode ser necessário uma biópsia sob anestesia geral.

Exames de imagem

Para se ter ima melhor avaliação do acometimento destes tumores, quase sempre serão necessários exames de imagem.

Tomografia computadorizada

Exame de mais fácil acesso e execução, é muito importante na avaliação do acometimento dos ossos da face. Avalia tanto a invasão do tumor local como a presença de metástases em linfonodos do pescoço.

Ressonância magnética

Avalia de forma superior a tomografia o acometimento dos nervos cranianos, invasão das meninges e distingue bem entre o tumor e secreções dos seios da face.

PET-scan

Utilizando principalmente em casos de suspeitas de metástases a distancia e para comparar a presença de tumor pré e pós tratamento, ajudando a elucidar imagens equivocas nos exames de imagem anteriormente citados.

Qual o tratamento?

Linha geral de tratamento

O tratamento dos tumores benignos e malignos desta região quase sempre incluem cirurgia, quando possível, seguimos ou não de um tratamento adjuvante (complementar) nos tumores malignos avançados. O câncer desta região, quando comparados a outras localizações de cabeça e pescoço, tem pouca propensão a dar metástases no pescoço e raramente metástases a distancia para outros órgãos. Portanto, um tratamento local adequado é de fundamental importância.

Tumores iniciais quando ressecados completamente com cirurgia, podem não necessitar de radioterapia ou quimioterapia.

Cirurgia

As cirurgias destes tumores são denominadas maxilectomias, etmoidectomias e podem ser bastante complexas, pois muitas vezes necessitam de grandes abordagens, reconstruções e pode ser necessário a exposição de estruturas do sistema nervoso central (meninges e cérebro).

Alguns casos permitem que a cirurgia seja realizada de forma endoscópica (acesso endonasal, por dentro do nariz) sem necessitar incisões em face, mas em outros, principalmente em tumores mais avançados que envolvem a pele, o palato duro e a órbita (estojo ósseo que fica o olho), são necessárias abordagens abertas tanto para a ressecção, como para a reconstrução.

Radioterapia

Como grande parte destes tumores são tratados em fases avançadas, a radioterapia quase sempre é utilizada como forma de tratamento adjuvante (complementar) à cirurgia, podendo ou não ser acompanhada de quimioterapia.

A radioterapia quando utilizada isoladamente nestes tumores, quase sempre é em caráter paliativo, visto que apresenta chances pequenas de cura quando não precedida de cirurgia.

Cânceres iniciais que foram ressecados com margens livres, podem não precisar de radioterapia.

Quimioterapia, imunoterapia e drogas alvo

A quimioterapia é utilizada sempre como um complemento ao tratamento principal curativo e não isoladamente.

Drogas alvo e imunoterapia costuma ser utilizadas quando não é possível utilizar quimioterapia convencional, somente superando os resultados oncológicos em situações de tumores específicos. Muitos estudos estão ocorrendo para avaliar melhores associações destas drogas com o tratamentos convencionais já disponíveis e mudanças podem acontecer nos padrões de tratamento nos próximos anos.

Este tratamento pode ser utilizado das seguintes formas:

neoadjuvante: quando é realizado antes do tratamento principal. Muitas vezes é utilizada uma combinação de drogas, que no câncer de seios paranasais têm o principal objetivo de reduzir o tamanho do tumor antes da cirurgia e consequentemente reduzir a morbidade e sequelas do tratamento cirúrgico. Para alguns tumores específicos, pode reduzir a taxa de metástase à distância.

adjuvante: é realizada de forma complementar ao tratamento principal cirúrgico, quase sempre acompanhada da radioterapia. Em alguns tipos mais raros de tumores, pode ser aplicada isoladamente.

concomitante: nas situações onde não é possível ou desejável realizar cirurgia, a quimioterapia pode ser aplicada de forma concomitante (em conjunto) à radioterapia.

paliativa: a quimioterapia pode ser utilizada como um tratamento paliativo quando pretende-se evitar o crescimento do tumor que não pode ser curado para amenizar sintomas ou para tratar tumores já com metástases à distancia.

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