Algumas condições clínicas, como tumores avançados de laringe, tonsilas, faringe ou traqueia superior podem indicar a necessidade de traqueostomia total e em casos de laringe, laringectomia total.
A traqueostomia total é procedimento de acesso às vias aéreas com a colocação de prótese ventilatória (cânula) ou simplesmente uma cirurgia de abertura da traqueia que exterioriza a luz traqueal. Esse recurso é utilizado para facilitar a entrada e/ou saída de ar dos pulmões quando existe alguma obstrução no trajeto natural e consiste em um procedimento cirúrgico de abertura artificial da traquéia para permitir a respiração.
Falando dos laringectomizados, é importante entender que a laringe é um dos órgãos mais importantes da região cervical, pois é fundamental na fala, respiração e deglutição. Os tumores dessa região causam impacto nessas três funções, principalmente, na função vocal.
As retiradas de tumores malignos da laringe podem ser parciais ou totais, ou seja, podemos classificar os tipos de laringectomias em parciais, subtotais ou totais.
As ressecções parciais podem ser verticais ou horizontais, sendo que em ambas há a necessidade de se manter a traqueostomia provisória e a indicação das laringectomias parciais depende da extensão da lesão primária.
Entre os tipos de laringectomias parciais, estão: cordectomia, laringectomia frontal anterior, laringectomia frontolateral e hemilaringectomia. A laringectomia parcial é indicada tentando manter sempre as funções respiratória, esfincteriana e de fonação. Sua indicação depende da extensão da lesão primária.
Entre os tipos de laringectomias parciais, estão: cordectomia, laringectomia frontal anterior, laringectomia frontolateral e hemilaringectomia. A laringectomia parcial é indicada tentando manter sempre as funções respiratória, esfincteriana e de fonação, a indicação das laringectomias parciais depende da extensão da lesão primária.
Alguns aspectos devem ser considerados em relação à funcionalidade da laringe remanescente após laringectomias parciais. Estas ressecções podem acarretar alterações nos padrões de fonação. Em poucos casos, observa-se também dificuldade na deglutição.
Essas alterações podem estar presentes devido à deglutição exigir um mecanismo esfincteriano rápido e eficiente para que não haja possibilidade de aspiração de alimentos para a via pulmonar, após estas cirurgias há diminuição do grau de fechamento glótico e presença de traqueostomia (temporária).
Nas laringectomias totais ou faringolaringectomias totais, ocorre a retirada integral do órgão laringe e estruturas adjacentes. Como as pregas vocais estão localizadas neste órgão, ocorre a perda da voz laríngea de forma definitiva.
Nesses casos, a presença da traqueostomia é também definitiva, alterando irreversivelmente o trajeto da respiração, que passa a entrar e sair diretamente pela traquéia, que é suturada no pescoço abaixo da região da laringe para formar o estoma respiratório definitivo, ocasionando assim a perda das funções da via aérea superior. O nariz, assim como o trajeto da via aérea superior desempenham funções importantes, como aquecimento, filtragem e resistência do ar que vai para os pulmões.
As alterações decorrentes da laringectomia total vão resultar na perda da voz, estoma respiratório permanente, quadro hipersecretivo, tosse, expectoração forçada e aumento no risco de infecção pulmonar.
Além do impacto causado pelas alterações fonatórias e respiratórias ocorre ainda um impacto na auto imagem do indivíduo, uma vez que ele passa a conviver com uma abertura permanente no pescoço, trazendo prejuízos psicológicos afetando a sua qualidade de vida e socialização.
A reabilitação fonatória (da voz) pode ser realizada a partir de três métodos, com acompanhamento fonoaudiológico: