A 10ª viagem da Rede+Voz no ano de 2019 deu continuidade às visitas as capitais da região Norte do país. A cidade escolhida dessa vez foi Palmas, capital do Tocantins e dessa vez visitamos duas instituições: o Hospital Geral de Palmas (HGP) e o Centro Estadual de Reabilitação (CER) da capital.
O HGP é um dos dois únicos UNACONs no estado do Tocantins. A rede de atenção à Oncologia no estado é composta por: Hospital de Referência de Araguaína (UNACON com serviço de radioterapia) ao norte do estado, HGP (UNACON) ao na capital no sul do estado e Clínica Irradiar (Serviço de Radioterapia de Complexo Hospitalar) que complementa o HGP na capital. O estado não possui um CACON.
Visitamos o HPG no dia 04/04, participamos de uma reunião com profissionais da saúde do hospital e os pacientes juntos, com apresentações e uma volta no hospital para conhecer as instalações.
Fomos recebidos pela coordenadora do setor de fonoaudiologia do HGP, Patricia da Costa Pinheiro Gomide. Ela e o chefe da Cirurgia de Cabeça e pescoço, o cirurgião de cabeça e pescoço Dr. Daniel Martins Hiramatsu organizaram o evento para nos receber.
Além dos pacientes e familiares, estiveram presentes os profissionais das áreas de: fonoaudiologia, cirurgia de cabeça e pescoço, enfermagem, odontologia, oncologia, fisioterapia e otorrinolaringologia.
Nossas atividades no HGP se deram em 4 momentos: (1) Uma apresentação da ACBG Brasil; (2) Uma aula de reabilitação de reabilitação pulmonar e fonatória com a Andrea Maduro da ATOS; (3) Uma primeira reunião multidisciplinar dos profissionais do HGP; (4) E uma visita guiada pelo hospital.
Fizemos uma apresentação das atividades da ACBG e o convite para todos se conectarem a R+V. Os 3 pacientes presentes e os demais profissionais ficaram impressionados com o nosso trabalho, além de ansiosos em receber as LEs e colaborar em futuros projetos.
Dando continuidade a visita da R+V em Palmas/TO, conhecemos o Centro Estadual de Reabilitação da capital. Essa oportunidade apareceu por sorte. A fonoaudióloga Fernanda Gomes Coelho foi super simpática e organizou uma visita simples para nós.
Os Centros Estaduais de Reabilitação é principal forma que o Ministério da Saúde encontrou para coordenar o processo de formulação, implementação, acompanhamento, monitoramento e avaliação da política de saúde da pessoa com deficiência, observados os princípios e diretrizes do SUS, por meio de cooperação/assessoria técnica a Estados, a Municípios e ao Distrito Federal para o desenvolvimento de ações e da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência no âmbito do SUS. Eles estão presentes em todos os estados do Brasil.
É importante salientar que as ações e serviços de reabilitação podem ser ofertadas em qualquer ponto de atenção da rede pública de saúde. No entanto, são nos Serviços Especializados em Reabilitação, como Centros Especializados em Reabilitação, onde se concentra a oferta dessas ações. Estes serviços são em geral, de abrangência regional, qualificados para atender as pessoas com deficiência. Por isso os CACONs e UNACONs também tem a responsabilidade de reabilitar os pacientes de câncer de cabeça e pescoço, mas nada impede que seja feita uma parceria entre as unidades de alta complexidade e os CERs para reabilitação. Para entender os parâmetros legais do CER, sua estrutura e ação, clique aqui.
Nossa reunião consistiu em uma conversa com a diretoria administrativa, com a presença da fonoaudióloga e uma visita pelas instalações para conhecer o funcionamento. Nessa reunião pudemos explicar o trabalho da ACBG e pudemos entender como funciona o CER II de Palmas e como ele já trabalha em parceria com o HGP. Durante as visitas pelas instalações, pudemos ver a estrutura atual do CER e conversar com mais calma com a Fernanda para saber se eles tinham condições de atender o pacientes de câncer de cabeça e pescoço, para oferecer reabilitação.
A equipe do CER é bem receptiva e disposta a assumir esta demanda de reabilitação, além de oferecer um espaço com muito mais qualidade para os pacientes. Depois de visitar as duas instituições, o HGP e o CER de Palmas, percebemos que as duas unidades podem se beneficiar de uma trabalho conjunto para a reabilitação completa dos pacientes de câncer de cabeça e pescoço.