Foram dias intensos, de escutar muito, falar quando necessário, mesmo sem saber se você está sendo ouvido ou compreendido.
Depois de praticamente 1 semana, hoje encerro a minha participação na 4a. Conferência Nacional de Gestão de Trabalho e Educação em Saúde (CNGTES).
O que fica evidente, sem dúvidas, é o quanto nosso país está fragmentado e sem rumo.
Para quem, como eu, acredita que a educação é o principal meio de alcançar a cidadania plena, ver a tribuna de um evento cuja pauta é justamente a educação ser tomada por militância política e discursos inflamados deixou claro para mim que erramos em algum lugar.
Caminhando pelos corredores, nas salas de GT ou à mesa para as refeições, ao olhar para o lado era nítida a presença de vários “Brasis”, com suas realidades, belezas, mas acima de tudo suas amarguras e necessidades.
Pessoas que carregam na almas as dores de indiferença, do preconceito, do isolamento que, muitas vezes não conseguiam articular em palavras sequer as suas necessidades mais básicas para melhorarem suas condições de trabalho ou acesso ao básico da educação para dar aos sofridos usuários do SUS um tratamento digno.
Ao final de um evento desses, a sua vontade ao final é de dizer: “Dever cumprido”!
Não saio assim… saio sabendo que deixo meu melhor para tentar fazer a diferença… mas para quem? Para qual dos “Brasis” a minha participação vai efetivamente fazer a diferença?
Para o meu? Para o dos outros? Ou para nenhum?
Quem está certo e quem está errado?
Eu não sei.
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